21.2.07
se me amas, me deixe ir
Quando amamos, nos entregamos.
E quando somos amados, não nos tornamos prisioneiros de quem amamos.
Nos tornamos livres, porque também recebemos o outro.
E nesse entregar e receber liberto a mim e aquele que amo.
Mas quando aprisionamos ou somos aprisionados, o amor, que traz prazer e ânimo para viver, se torna dor, nos faz sofrer, e perante a vida, padecer.

Se me amas, me deixe ir

Antes de você, eu era tão só a ponto de pedir socorro.
E agora que sou teu, sinto-me como.... sim, como um cachorro.
Pois estou tão domesticado que você pedindo, deito, rolo, morro.
E pode até maltratar, que choramingo, me encolho, mas não corro.

Por essas e outras, meu mundo perdeu a cor.
E pode refazer o traços, mudar a tinta, fazer o que for.
Porque nada disso pode dar vida novamente ao meu amor.
Que foi domesticado, e por isso, agora, tornou-se apenas dor.

Clamei a ti por socorro;
Entreguei-me para curar a dor;
Domesticou-me como um cachorro;
E conseguis-te acabar com o meu amor.

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