Algumas vezes, o nosso porão é invadido por pessoas que não deveriam entrar. Mas elas chegam de mansinho, com aquele papo de querer ajudar a arrumar. No começo, parece que vai dar certo, mas no decorrer do tempo, percebemos que elas somente mudam as coisas de lugar, dificultando ainda mais o trabalho.
E por mais que vemos isso acontecer com as pessoas que estão ao nosso redor, todos estamos sujeitos a vivenciar isso. Todos não, porque odeio generalizações. Sou adepto do chavão "toda regra tem sua exceção". Por isso, quem sabe você não será o sortudo (a) a vivenciar aquelas histórias de amor cinematográficas.
Desculpe. Ainda não esclareci sobre o que estou escrevendo. Mas isso é decorrente do fenômeno que se chama "amor", ou melhor "estar apaixonado". Nosso coração e mente tem olhares somente para um único lugar esquecendo de todas as outras coisas. Porém, não estou apaixonado e não sei se isso é bom, ou se é ruim. Lembranças ainda rondam a minha mente. E isso muitas vezes me confunde. Não sei. Posso ser o único. Mas acredito que não seja.
O fato é que um amigo meu experimentou recentemente a dor da paixão. Não a dor da chegada, mas da partida. E isso me fez lembrar a minha história. Triste e doce história. Triste porque acabou; doce porque ainda pareço sentir o seu sabor.
Sei que palavras não servem de consolo agora, amigo. Gostaria de compartilhar um pouco da sua dor. Não serei ingênuo em dizer que "sei o que você está passando". Mas deixarei registrado aqui um pouco da bagunça que um certo alguém, como diria Lulu Santos, deixou no meu porão. Um trecho do meu diário:
"Hoje passei o perfume que ganhei dela. Parece que ela está aqui, presente com seu calor, bem ao meu lado. A cada inspiração sinto seu perfume. Perfume que me traz a memória tudo que vivemos juntos.
Pensei que tivesse superado. Mas percebo que não. Tenho sofrido muito nos últimos dias. Nunca fiquei assim antes. Como sinto falta dela! E como a esperança em tê-la de novo reacende a cada lembrança!
Muitos dizem que ela não nasceu para mim. Eu também penso isso. Mas existe algo em mim que ainda me faz desejá-la. Faz seis meses que terminamos. Ela já está namorando. Mas ainda desejo ela na mesma intensidade da quarta-feira em que me declarei. Desejo ela como em todos os nossos encontros.
Não sei por que, mas a desejo."
Pensei que tivesse superado. Mas percebo que não. Tenho sofrido muito nos últimos dias. Nunca fiquei assim antes. Como sinto falta dela! E como a esperança em tê-la de novo reacende a cada lembrança!
Muitos dizem que ela não nasceu para mim. Eu também penso isso. Mas existe algo em mim que ainda me faz desejá-la. Faz seis meses que terminamos. Ela já está namorando. Mas ainda desejo ela na mesma intensidade da quarta-feira em que me declarei. Desejo ela como em todos os nossos encontros.
Não sei por que, mas a desejo."
Já cantava o poeta Renato Russo:
"Quem inventou o amor? Me explica por favor..."
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