Atesto isso a cada manifestação sobre os textos. Recebo os mais diversos elogios, críticas e interpretações. São essas últimas a real prova de que as palavras, depois de fixadas, tem uma magia própria, e encanta das mais diversas maneiras as pessoas que as lêem. E de modo algum sinto-me frustado pelas leituras não estarem em conformidade com a idéia que estava na minha cabeça no momento da produção do texto. Pelo contrário. Sinto-me atingindo por uma felicidade singular, parecida com aquela que nos sobreveem quando somos surpreendidos pelo olhar ou sorriso da pessoa que amamos.
E por cada texto carregar um pouco da minha pessoa, mas ao mesmo tempo ser totalmente independente de mim, e simultaneamente gerar sentimentos, resgatar lembranças, tocar em pontos diferentes de cada leitor, creio que não somos nós quem interpretamos o texto, e sim, é o texto quem nos interpenetra. Ele carrega um pouco de mim até você, e quando você me diz algo sobre ele, está colocando algo de você em mim, e nele também. Assim, por causa da vida própria que o texto ganha, ele é capaz de juntar a minha vida a sua, numa cadeia infinita de interpenetrações, colocando eu em você, você em mim, e nós dois dentro dele.
Gostaria de compartilhar com você, dois momentos de interpenetração que me tocaram muito.
Oi Rafa..mandei mail perguntando do teu ultimo post, muito bonito por sinal, pq fiz uma leitura dele e queria saber se é mesmo.
Dizem que traduzir uma poesia é entender o que o poeta quis dizer, e nunca o que ele disse..
Apesar de parecer mais evidentemente que fale sobre um amor romântico, entre homem e mulher (bom, isso depende da opção sexual do indivíduo, mas isso não vem ao caso..hehehe), na verdade esse teu texto me falou muito mais de um amor espiritual, entre os homens e Deus. Isso principalmente pela última estrofe, onde me parece sim, daí a comparação entre dois tipos de amor: o romântico e o espiritual.
'Amo-te como quem ama
que deseja
que espera
que se perde
e se reconhece apenas no ato de amar-te.'
Mas eu to viajando, eu sei. Seeeempre viajo muito. Mas gosto de viajar, em todos os sentidos.
É só isso, rapá. Eu tb viajava nos poemas de um amigo meu, ele achava que eu era meio louca. Via coisas que nem ele sabia que tinha escrito. Mas vou parar de te importunar.
bju
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rafa, amigo... hoje, mesmo cansada de uma semana cheia de trabalhos, pesquisas, imagens e tendo que esperar... parei para dar uma olhada no teu blog, li vários dos teus textos e me encantei com alguns deles, quando li "é a verdade mais pura, eu não consigo amar", fiquei pensando no tempo, nas pessoas que passaram pela minha vida nestes 24 anos e que com as várias mudanças que fiz, de alguma forma ficaram no passado, no natal liguei para algumas delas, foi incrível ouvir pessoas q eu não falava a algum tempo, q raramente me comunicava via e-mail, é mto engraçado, triste, confuso, queria que meus amigos estivessem por perto... saudades...
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