12.8.07
a arte de urinar
Cuspir;
Coçar a "virilha";
Urinar em qualquer local.

Três marcas do "macho durão".
Eu nunca desejei ser um desses, e por isso sempre tive ojeriza a essas atitudes. Mas lendo o Kundera, comecei a repensar quanto ao último elemento da lista....

Prefiro urinar na natureza a fazê-lo em instalações modernas, que são infectas. Aqui, por alguns momentos, o fino jorro dourado me une milagrosamente ao húmus, à grama e à terra. Porque saí do pó, e em um momento vou entregar ao pó pelo menos uma parcela minha. Urinar na natureza é um rito religioso pelo qual prometemos à terra que a ela um dia voltaremos por inteiro.
(Milan Kundera, O Simpósio. In: Risiveis Amores, Nova Fronteira, 1985)

Quem diria que o ato de urinar poderia ser um momento de união com a natureza.... místico, não??

Ah, eu estava brincando quando disse estar repensando quanto a urinar em qualquer lugar como um macho! rs

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posted by rafael at 00:15 | Permalink |


17 Comments:


At 12 agosto, 2007 05:16, Anonymous Anônimo

O faço sempre que posso, aliás, não o urinar em qualquer lugar, mas na terra, na grama, no mato.

Estes cenários não nos falta por aqui. Conheço um que hoje, tá lá pras bandas do Tocantins que ia ao menos uma vez na semana, fazer todas as tarefas fisiológicas nalgum lugar, e dizia ele:

- Não deixo este costume!

 

At 12 agosto, 2007 18:02, Blogger Unknown

KAKAKAKKA! Amei!!Só não faça xixi nas estrada com os carros passndo, isso é pessimo,rsrsrsrs...fiquei uns dias sem vir aqui e já está cheio d novidades...beijos

 

At 13 agosto, 2007 00:13, Blogger rafael

Adão
Nunca tive esse "fetiche" com urinar na terra, na grama, no mato. E olha que eu cresci em cenários e num meio social propício a isso! rs
*******************
Graci
Sua recomendação é uma ordem a qual terei o maior prazer em acatar!!! Aliás, quando estou na estrada, seguro o máximo possível, pois não tenho corajem de usar as instalações infectas de beira do asfalto...bju

 

At 13 agosto, 2007 10:23, Anonymous Anônimo

Gatchinho..to pasma!
Não, realmente não estou reconhecendo o gatchinho servil, e bonzinho!

Esse "fetiche" de fazer pipi ao ar livre, na natureza é uma coisa tão...tão...primitva! (Engraçadíssima, porém primitiva. Não leve Kundera tão a sério.

PS: Te passo a Bibliografia sim. Vou já caçar esta perola nos meus "disquetes" (ja me formei ha um certo tempnho, hehe). Mesmo assim, não tenho um e-mail pra poder transmitir...

 

At 13 agosto, 2007 12:43, Blogger rafael

Lady
Eu não tenho esse fetiche!!rsrs

Dessa vez a tese do Kundera, mesmo sendo interessantíssima, não me convenceu..... Pode continuar com a imagem do gatinho servil e bonzinho, hehehe.

Meu e-mail é: rafaelfilos@yahoo.com.br Se você quiser passar o trabalho inteiro eu não ficarei triste!!!
bjus

 

At 13 agosto, 2007 14:15, Blogger Ana Paula

Ah, Rafael, está na hora de vc achar um outro autor para ler... Xixi na grama? Nem pensar. Aliás, pense comigo: Ninguém tem a obrigação de aguentar o fedor que um homem qualquer deixou ao fazer xixi por aí, como um cachorro, de propósito ou não, para se aliviar de uma vontade imperativa ou para bater no peito e dizer que está em comunhão com a natureza ou seguindo o Guru Kundera!
Machos de plantão: existem outras formas de marcar território.

 

At 13 agosto, 2007 14:38, Blogger rafael

AP
Tirando a parte em que devo achar outro autor para ler, concordo completamente com você (principalmente com a parte de fedor, rs).

Mas eu achei interessante o ponto de vista do Kundera. Eu nunca tinha visto o xixi nessa ótica "mística".
Cá entre nós: é uma tese interessante, não? rsrs
bjus

 

At 13 agosto, 2007 15:46, Anonymous Anônimo

Rafa, que graça!
Cada visão. rs
bjus

 

At 13 agosto, 2007 20:13, Anonymous Anônimo

Rafael,

É gostoso, e não há uma preocupação com o fedor porque não saimos para ir sempre ao mesmo local. É sempre que vamos a roça... e por todos os lados que saimos por aqui, temos roça e muita terra para se fazer, estradas desertas, etc.

Aqui em casa, não fazemos no quintal por que fede mesmo, exceto em extremas necessidade e lotação no sanitário (Catástrofe), mas, na roça? É instintiva. Talvez seja herança primitiva gravado no DNA, ou quem sabe no Porão da Alma.

 

At 13 agosto, 2007 21:17, Blogger rafael

Sabe Adão
Parando para pensar, o sanitário não é um fenômeno tão recente assim. Ou estou enganado?

Lembro de algumas férias que passei na roça. Realmente, a distância da roça até a casa motivava o nosso encontro místico com a natureza através da urina, rsrs.

Em regiões como a sua, esse contato com a natureza possa até acontecer sem preocupação alguma. Mas nos centros urbanos.... Acabei de lembrar do cheiro oriundo de alguns muros e postes. Eca!!

 

At 13 agosto, 2007 22:02, Blogger Thiane

Hahahaha que viagem!!! Fui em 2005 pro norte da África, de maioria muçulmana. Eles quase nunca usam papel higiênico, só aquele chuveirinho,e os lugares são verdaeiras fossas. Mas ou era isso ou era câncer de bexiga heheheheeh
Beijos

 

At 13 agosto, 2007 23:40, Blogger Logan Araujo

Você falando em Kundera, mas nessa descrição da ligação entre dourado de sua urina e o humus e a grama eu só conseguia fazer uma construção visual do Paulo José no filme Policarpo Quaresma, herói do Brasil na cena em que ele quase cópula com a natureza abraçado a grama e na chuva ainda por cima.

 

At 14 agosto, 2007 01:58, Blogger rafael

Thiane
Acho que você não teve nenhuma experiência mística semelhante a essa lá na Africa, né? rsrs. bju
****************
Wolve
A chuva dá um toque a mais na mística. Eu não costumo ter momentos místicos com a urina, mas adoro ver a chuva molhando a terra e as plantas. Gostei da dica e vou procurar.
abraços

 

At 14 agosto, 2007 02:39, Blogger Prill

duas da manhã... fica um MUITO BOM! olha lá todo mundo!
muito bom! (pareço um chinês meio perdido no pão de açúcar)
caramba...gostei mesmo! mas.. é aquele grande e daí? sei lá.. como diria o MyBlogLog: "é bom ser amado"

 

At 14 agosto, 2007 03:28, Blogger rafael

Prill
três e trinta da manhã.....
fica o meu obrigado!!
e volte a hora que quiser; cedo ou tarde. rsrs
bju

 

At 14 agosto, 2007 08:10, Blogger Prill

puxa!
foi mal.. não imaginei que vc fosse esperar um feedback madrugatino. mas.. conversar por coment pode? pode... loucura, se de maluco beleza, a gente além de abrir o olho, usa até fundo de garrafa.

08:08

 

At 14 agosto, 2007 15:08, Anonymous Anônimo

Experiência metafísica com a urina? Experiência metafísica? Ai Rafa, isso é muito obscuro pra minha cabeça platinada e loira!

Como eu te disse, o maximo do metafísico que eu consigo chegar é com JUNG sabe? E não me lembro dele ter escrito nenhum artigo específico sobre alguma experiência metafísica com a (terei de dizer de novo?) urina!

Ai, ai, ai Rafa!

 


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