7.1.06
depressão
Se você for um psicólogo ou estudioso sobre a depressão, por favor não trate com muito rigor o texto a seguir, pois ele serve apenas para os fins de uma parca reflexão. Agora se você acha que ele está de acordo com os estudos promovidos pela comunidade científica, por favor, ao utiliza-lo cite a fonte, hehe.

A tal da depressão tem sido uma das doenças que estão na moda. Pelo menos é assim que ela tem se apresentado a mim, pois, vez ou outra encontro alguém afirmando estar depressivo, ou no mínimo as portas de uma. E fico pensando se esse negócio de depressão não é algo contagioso e ainda não descobriram, já que tantas pessoas estão sendo acomeditas por ela.

Vou confessar que não li nada a respeito e tudo o que está escrito desse ponto em diante é puro "achometro". Por isso me sinto seguro para dizer que "eu acho que depressão é um estado de tristeza profundo, que afeta todos os sentidos do corpo, inclusive o sexto". É claro que a depressão é uma doença psiquica. Mas a minha ignorância permite dizer que ela começa no físico. E digo porque.

Pessoas depressivas perdem o paladar. Não conseguem degustar o alimento, principalmente porque não sentem desejo de comer. Quando comem não sabem apreciar o sabor do alimento, mesmo quando está ruim, porque só o fazem para fins de manter o corpo em pé. E quem come apenas para manter o corpo em pé, esquece que e o melhor do alimento é seu sabor e não o seu peso na "pança".

Pessoas depressivas perdem o tato. Não sabem o que é sentir a temperatura de outro corpo ao toca-lo. Perdem a sensibilidade para sentir a força de um abraço , a humidade de um beijo, o calor de uma cheirada no pescoço, aquele tempo a mais que o outro fica segurando na sua mão. A pele é coberta de glândulas chamadas "te quero mais perto", e a depressão é fatal a elas.

Pessoas depressivas tem a audição afetada. Não conseguem ouvir os ruídos mais suavez do dia-a-dia, sejam eles o vento nas árvores ou o choro estridente de uma criança manhosa. Afeta seriamente a capacidade de ouvir a voz interior e distorce seriamente os discursos dos outros. A depressão leva a dois extremos: a necessidade de ficar em silêncio para ouvir somente a voz interior, que é bastante mentirosa em muitos casos; ou a necessidade de ficar cercado de sons ensurdecedores, para não ouvir a voz interior, que é muito verdadeira em outros casos.

Pessoas depressivas perdem o olfato. Não percebem a diferença do ar do campo e da cidade. Quando chegam na casa dos pais, não sentem mais saudade da comidinha da mamãe ao entar na cozinha na hora do almoço. Sem contar que não reconhecem o perfume da pessoa de quem gosta, e pior, da o mesmo perfume todos os anos em algum dia especial.

Pessoas depressivas tem a visão muito atingida. Não conseguem enxergar um palmo a frente do nariz porque o máximo que conseguem ver é o seu umbigo. As pessoas ao seu redor são apenas vultos, isso quando tem vida, pois em muitos casos não passam de natureza morta. Sem contar que enxergam a vida de forma monocolor, pois todo contraste pode gerar alguma percepção diferente, retirando-o do estado de penumbra em que optou "mofar".

Por fim, a depressão atinge o sexto sentido. Somente existe apatia: sem paixão, sem desejo. Lembrando que paixão é misto de amor e ódio, e desejo misto de coragem e medo. No lugar desses entra a tristeza. Quem nem chega a ser alguma coisa, pois para mim, a melhor definição de tristeza é ausência. Por isso depressão é uma tristeza profunda: é a máxima ausência de saborear, tocar, ouvir, cheirar, ver e sentir tudo aquilo que está ao nosso redor.

Porque se o mundo não fosse tão importante, bastaria que eu fosse uma pedra; isso é claro se elas não tiverem paladar, olfato, tato, audi......

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posted by rafael at 19:09 | Permalink |


1 Comments:


At 10 janeiro, 2006 23:30, Blogger Toni Melo

muito legal tua abrodagem rafa. nem ligo por não ser científica..rsrsr ela é sensitiva... filosófica... intuitiva... e isso é mais científica que a própria ciência..rsrs

 


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