Não recordo se eu li ou comentaram comigo, mas ficou gravado pois achei muito interessante. É a respeito de relacionamentos e dizia-se o seguinte: a atração por alguém se dá em três modos - i) intelectualmente; ii) afetivamente; iii) físicamente. Quando estamos dispostos a dar continuidade, ou até mesmo iniciar um relaciomento, o ideal é encontrarmos um equilíbrio entre cada parte daquelas, pois, ou ficaremos apenas na conversa sem carinho e desejos corporais; ou só no afeto sem conversa e desejos; ou apenas nos desejos corporais, sem conversa e sem afeto.
Mas sobre isso eu falo outra hora. Apenas apresentei tal idéia devido a uma analogia feita durante uma "biritagem" sobre o relacionamento com alguns livros. Falavamos da leitura de livros "pop's" - veja bem, não disse clássicos, mas pop's - sobre até que ponto vale a pena gastarmos a vista lendo-os, quando disseram: "Esses livros são como prostitutas. Servem para prazeres momentâneos. A gente paga, 'dá uma' e depois esquece." De pronto me veio a idéia esboçada acima sobre relacionamentos. E dei-me conta de possuir diferentes modos de relacionar-me com diversos autores.
José Saramago, Gabriel Gárcia Márquez, Thomas Mann são alguns autores com os quais tenho uma admiração intelectual. Logo terminado de ler uma obra, tenho o desejo de reiniciar a leitura da mesma. Por vezes, quando estou em frente da minha biblioteca, fico em dúvida se leio um livro ainda não lido ou se releio aquilo que tenho certeza de ser excelente. Contudo, confesso serem leituras pesadíssimas para mim, e isto se atesta na exaustão na qual me encontro após a leitura desse autores. Obviamente isso não ocorre para com todas as obras. Mas quem leu "O Evangelho Segundo de Jesus Cristo", "O outono do Patriarca", "Doutor Fausto", compreende melhor o que digo. Temos um relacionamento intelectual, pois podemos passar horas conversando e ainda peço bis.
Diferente relacionamento tenho com Rubem Alves, C. S. Lewis, Alberto Caeiro e recentemente com Márcio Américo. Seus romances, crônicas e poesias me cativam. Renovam esperanças, recuperam lembranças, fazem surgir no centro do peito um calor gostoso como se estivessemos sendo acariciados pelo mão de nosso enamoramento. Só fiz referência a eles e perceba como já escrevi num estilo diferente do parágrafo anterior! Acredito não ser preciso dizer mais nada.
Há aqueles que servem apenas para aliviar o stress, passar o tempo, para um prazer momentâneo. São bons apenas naquele momento, mas depois é um para cada canto. Serve como apêndice cultural, ou exercício de leitura dinâmica. Por favor, não estou desmerecendo (muito!) esse tipo de livro, pois como já disse, eles desempenham bem o seu papel no seu tempo. Entre eles se encontra Dan Brown e Sidney Sheldon com suas fórmulas literárias mágicas.
É claro, não estou fazendo uma delimitação rígida sobre o tipo de relacionamento mantido com os autores. De certo modo, todos freqüentam em certa medida os outros níveis de relacionamento. Como exemplo poderia citar Milan Kundera, com quem nutro um relacionamento intelecto-físico-afetivo bastante harmonioso.
Todavia, meu relacionamento mais estável se dá com Hermann Hesse. Como indentifico-me com suas personagens! Principalmente com Emil Sinclair, pseudônimo de Hesse durante a Primeira Guerra Mundial e personagem central do romance "Demian", livro que tenho como irmão. E suas idéias, sua cosmovisão de mundo! Hesse muda meu modo de ver a vida a cada linha, a cada novo conflito narrado, em todas as transformações ocorridas no interior das narrativas. Seu nome faz meus pêlos ouriçarem, causa-me um friozinho na barriga e quando o tenho nas mãos sucumbo frente ao prazer.
Olho para Hesse agora, e deixo meus olhos correrem pela minha biblioteca. Cada autor insita um pedaço do meu ser: cabeça, corpo, coração. Definitivamente sou um amante da leitura. Sinto-me feliz.
para ler outras reflexões sobre leitura clique aqui e aqui.
Mas sobre isso eu falo outra hora. Apenas apresentei tal idéia devido a uma analogia feita durante uma "biritagem" sobre o relacionamento com alguns livros. Falavamos da leitura de livros "pop's" - veja bem, não disse clássicos, mas pop's - sobre até que ponto vale a pena gastarmos a vista lendo-os, quando disseram: "Esses livros são como prostitutas. Servem para prazeres momentâneos. A gente paga, 'dá uma' e depois esquece." De pronto me veio a idéia esboçada acima sobre relacionamentos. E dei-me conta de possuir diferentes modos de relacionar-me com diversos autores.
José Saramago, Gabriel Gárcia Márquez, Thomas Mann são alguns autores com os quais tenho uma admiração intelectual. Logo terminado de ler uma obra, tenho o desejo de reiniciar a leitura da mesma. Por vezes, quando estou em frente da minha biblioteca, fico em dúvida se leio um livro ainda não lido ou se releio aquilo que tenho certeza de ser excelente. Contudo, confesso serem leituras pesadíssimas para mim, e isto se atesta na exaustão na qual me encontro após a leitura desse autores. Obviamente isso não ocorre para com todas as obras. Mas quem leu "O Evangelho Segundo de Jesus Cristo", "O outono do Patriarca", "Doutor Fausto", compreende melhor o que digo. Temos um relacionamento intelectual, pois podemos passar horas conversando e ainda peço bis.
Diferente relacionamento tenho com Rubem Alves, C. S. Lewis, Alberto Caeiro e recentemente com Márcio Américo. Seus romances, crônicas e poesias me cativam. Renovam esperanças, recuperam lembranças, fazem surgir no centro do peito um calor gostoso como se estivessemos sendo acariciados pelo mão de nosso enamoramento. Só fiz referência a eles e perceba como já escrevi num estilo diferente do parágrafo anterior! Acredito não ser preciso dizer mais nada.
Há aqueles que servem apenas para aliviar o stress, passar o tempo, para um prazer momentâneo. São bons apenas naquele momento, mas depois é um para cada canto. Serve como apêndice cultural, ou exercício de leitura dinâmica. Por favor, não estou desmerecendo (muito!) esse tipo de livro, pois como já disse, eles desempenham bem o seu papel no seu tempo. Entre eles se encontra Dan Brown e Sidney Sheldon com suas fórmulas literárias mágicas.
É claro, não estou fazendo uma delimitação rígida sobre o tipo de relacionamento mantido com os autores. De certo modo, todos freqüentam em certa medida os outros níveis de relacionamento. Como exemplo poderia citar Milan Kundera, com quem nutro um relacionamento intelecto-físico-afetivo bastante harmonioso.
Todavia, meu relacionamento mais estável se dá com Hermann Hesse. Como indentifico-me com suas personagens! Principalmente com Emil Sinclair, pseudônimo de Hesse durante a Primeira Guerra Mundial e personagem central do romance "Demian", livro que tenho como irmão. E suas idéias, sua cosmovisão de mundo! Hesse muda meu modo de ver a vida a cada linha, a cada novo conflito narrado, em todas as transformações ocorridas no interior das narrativas. Seu nome faz meus pêlos ouriçarem, causa-me um friozinho na barriga e quando o tenho nas mãos sucumbo frente ao prazer.
Olho para Hesse agora, e deixo meus olhos correrem pela minha biblioteca. Cada autor insita um pedaço do meu ser: cabeça, corpo, coração. Definitivamente sou um amante da leitura. Sinto-me feliz.
para ler outras reflexões sobre leitura clique aqui e aqui.